O amor, dizes-me
Escuto o silêncio das palavras. O seu silêncio
suspenso dos gestos com que elas desenham
cada objecto, cada pessoa, ou as próprias ideias
que delas dependem. Por vezes, porém, as
palavras são o seu próprio silêncio. Nascem
de uma espera, de um instante de atenção, da súbita
fixidez dos olhos amados, como se
também houvesse coisas que não precisam de
palavras para existir. É o caso deste sentimento
que nasce entre um e outro ser, que apenas
se adivinha enquanto todos falam, em volta,
e que de súbito se confessa, traduzindo em
breves palavras a sua silenciosa verdade.
Nuno Júdice in Pedro Lembrando Inês.
O Nuno Júdice é o poeta convidado das Quintas de Leitura de Novembro...tô lá :)
quarta-feira, 10 de outubro de 2007
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3 comentários:
Nuno Júdice faz parte das minhas "leituras obrigatórias" e considero que a obra "Pedro lembrando Inês" é das melhores.
Há um poema lá inserido - Ausência - que é um dos que mais releio. Fica a sugestão.
É lindo esse. Até nem sei se não o publiquei já aqui no Blog! Eu também adoro Nuno Júdice...não podes perder as Quintas de Novembro, joaninha!
vou ver se apareço também, gosto muito do nuno júdice. *
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