quinta-feira, 25 de outubro de 2007

As coisas mais simples

A propósito de amor, falava há uns dias com uma amiga sobre como é misterioso o encontro de dois seres, o despertar das paixões, dos amores. Que dois seres vivam vidas paralelas, muitas vezes na mesma cidade e no mesmo círculo, sem nunca se terem conhecido, e que de repente as suas vidas se cruzem, sem que nada o anunciasse. E lembrei-me por isso deste poema do Nuno Júdice. É quando estamos distraídos do calendário que as coisas mais bonitas surgem....

"Nunca são as coisas mais simples que aparecem quando as esperamos. O que é mais simples, como o amor, ou o mais evidente dos sorrisos, não se encontra no curso previsível da vida. Porém, se nos distraímos do calendário, ou se o acaso dos passos nos empurrou para fora do caminho habitual, então as coisas são outras. Nada do que se espera transforma o que somos se não for isso: um desvio no olhar; ou a mão que se demora no teu ombro, forçando uma aproximação dos lábios. "

Nuno Júdice

1 comentário:

ml disse...

isso é tão verdade... e ao mesmo tempo tão estranho. sempre que se procura, dificilmente se encontra. mas quando se baixam as defesas... :)
(uma boa altura para usar a expressão "POP, como cogumelos";))
*