Livros
Joana Pimentel
Book series (Benjamin), 2006 Endura | Edition of 3
55 x 70 cm
Os livros. E tudo o que trazem com eles. O prazer de os namorar antes de comprar, de os folhear na livraria, de os devorar no sofá ou na cama numa manhã luminosa de domingo, de reler e marcar as páginas de que mais se gosta, de mergulhar em novas vidas a cada página. Os livros. O prazer de os acumular e ver um pequeno tesouro a crescer, como se fosse parte de nós, da nossa parte mais bonita, mais profunda. Os livros. Disseminados, empilhados, na estante, ao acaso, por ordem alfabética de autor, de título, na sala, no quarto, no wc, na mesinha de cabeceira, nas prateleiras, no beiral da janela, no porta luvas ... ora completem ;) ...
15 comentários:
acariciar a lombada, cheirá-los.
Esconde-los, quando não estão acabados de ler, com medo que venha "alguém" roubá-los na calada da noite.:)
Partilhar as ideias do que se leu.
Debate-las.Aprender a leitura e percepção do outro.....
como eu sei o que isso é...ter alguém a roubar livros que estou a ler pela calada da noite :)))))))))))))
Os livros, a par com os discos de vinil, são das poucas coisas que resistiu incólume à era do digital. São objectos que valem por si mesmos e para lá dos conteúdos que transportam. Quando estive em Londres no princípio do ano vim carregadinho de livros; se fosse há 10 anos vinha carregadinho de Cds :)
Às vezes acho que já li mais do que hoje. É verdade que leio menos romance (nunca fui grande leitor de poesia), hoje em dia leio sobretudo revistas e livros sobre gente, coisas ou movimentos que me interessam. Actualmente ando com dois: um pequenino e muito portátil que vou lendo em esplanadas, de uma colecção magnífica chamada "33 1/3" (em que cada livrinho fala exaustivamente de um certo disco - de momento ando a ler sobre o 1º dos Stone Roses); e uma coisa muito divertida do Mario Vargas Llosa, chamado "Pantaleão e as visitadoras".
E tu, que andas a ler? E quais são os "livros da tua vida"? (Ou isso fica para outro post?)
Eu ando a ler sobretudo sobre "internal audit in healthcare" :))) que é o tema da minha tese de mestrado :))))). Para além disso tenho optado por livros pequenos, porque com a tese tenho pouco tempo para leituras. Tenho lido sobretudo contos, poesia e pequenos livros sobre o trabalho e a vida de artistas portugueses de quem gosto(pintores, fotógrafos...).
Agora estou a ler um livro sobre o trabalho da Helena Almeida, fotógrafa portuguesa contemporânea, (conheces?)Quanto a romances estou a ler os Contos de S. Petesburgo de Nikolai Gogol. Vou também lendo poesia variada (gosto muito). E é assim, pequenas leituras. Não consigo ler grandes romances neste momento porque gosto de os ler de uma vez e não tenho tido tempo para isso.
Ah, tenho também comprado e lido (na transversal) os livros de arquitectura que saem à segunda com o público, da Taschen. E é assim, pequenas leituras para quem neste momento passa o tempo a ler.
Quanto aos livros da minha vida...hum...difícil pergunta, que me faz lembrar um certo e determinado sketch do gato fedorento :)))))) Há tantos que me marcaram... as "Noites brancas" do Dostoievsky, "Por quem os sinos dobram" do Hemingway, "o retrato de Dorian Gray" do Oscar Wilde... mais actuais, gosto imenso de Paul Auster ("Música do Acaso", "Mr Vertigo")... é difícil assim os livros da minha vida, gostei de tantos :))))))) Tens livros da tua vida? ou músicas da tua vida?
Também houve muitos livros que me marcaram, mas claro que uns marcam mais do que outros. Os dois livros da minha vida são provavelmente o "Margarita e o mestre" do Mikail Bulgakov, e "O eleito" do Thomas Mann. Mas também há "O desprezo", do Moravia, "O som e a fúria", do Faulkner, muitas coisas do Edgar Allan Poe, que devorava quando era mais novo, algumas coisas do Marquez e do Vargas Llosa... Mais recentemente o "Trainspotting" (o livro é muito melhor que o filme), o "Geração X", o "Leviathan" e a "Trilogia de NY" do Auster, "O perfume", do Suskind... sei lá!
Este verão ando com vontade de reler um ou dois livros do Sandokan, dos genuínos escritos pelo Emilio Salgari (estou a falar a sério!), e de me atirar ao "Moby Dick". Ou a um clássico desses à séria, tipo "as vinhas da ira" ou o "por quem os sinos dobram" de que falavas.
Quanto às músicas... não saíamos daqui :)) Digo só 3: Velvet Underground, "What goes on"; Joy Division, "New dawn fades"; David Bowie, "Be my wife".
E não, não conheço a Helena Almeida... Um dos meus muitos defeitos, que tenho que corrigir, é dar pouca atenção à arte que se vai fazendo por cá.
no cinema antes de começar o filme...
livros,livros,livros sempre. :)
estou a ler 'a mancha humana' do philip roth. a 'marta' chegou a minha beira e disse: é para ti. este livro mudou a minha forma de ver a escrita, os livros.vou ver se também muda a minha. virginia woolf é minha escritora preferida, mas cada vez tenho mais dificuldade em dizer 'da minha vida'...
"O perfume", excelente, a "trilogia e NY" ainda não li mas tenho-o em casa...vou ler. "A mancha humana" é um dos livros que quero ler muito em breve, têm-me falado muito bem do livro e eu nunca li nada do Philip Roth. No verão passado tive quase um mês e meio de férias e li, li, li...soube-me mesmo bem. Li um livro de que gostei muito, um romance chamado "A sombra do vento", ideal para ler em férias, um romance em volta dos mistérios dos livros. Li a Sala nr 6 do Tchekov, as "loucuras de Brooklin" do Auster...e outros...consolei-me. Este ano, com a tese, o cenário tá preto. Quando chego à noite a casa só consigo ler coisas mais leves :))
Joe, vou fazer um post sobre a Helena Almeida. Ela é uma das nossas artistas mais conceituadas, mesmo internacionalmente. Eu disse que ela é fotógrafa mas nem é bem verdade. Acho que o que faz se aproxima mais da performance. Até porque é normalmente o marido que lhe tira as fotografias. Ela explora o espaço, conceitos....é muito interessante. Já vi referirem-se a ela como pintora, mas eu interpreto o trabalho dela como performance fotografada. Será o meu próximo post - Helena Almeida. Ultimamente tenho explorado bastante os artistas portugueses. Não é fácil porque não há quase nada publicado sobre eles nas nossas livrarias, o que é inadmissível. Em Serralves vão-se encontrando uns livros. E na net. Vejo-os nas galerias e depois procuro saber mais através da net.
Quanto a músicas não tenho mesmo músicas da minha vida. Eu adoro ouvir música mas tenho uma memória auditiva péssima, por isso nunca sei quem canta o quê, nem decoro nomes de músicas. Tudo isto é facilitado por ter um DJ lá em casa que trata sempre da banda sonora doméstica, o que me facilita imenso a vida ;) - ou há música a tocar por si ;) ou então é ir ao computador e há pastinhas organizadas sem eu ter que me esforçar...et voilá, sou um parasita da música :))))))))))))))))
No verão passado li o "the plot against america" do roth. Gostei tanto que a seguir fui ler o "complexo de Portnoy" (que não achei tão bom).
A "sombra do vento" foi dos livros de que mais gostei nos últimos tempos, esqueci-me de o mencionar. Outro de que gostei imenso, num estilo completamente diferente, foi o "almas cinzentas", do Philippe Claudel (mas para este é preciso ter estômago)
Esta manhã ando a pensar nessa coisa das músicas da minha vida, e digo-te que é uma lista tramada! Qualquer dia vai dar direito a um post ;)
Dos últimos que li ,fascinei-me com Kafka à Beira-Mar de HaruKi Murakami e com Agualusa.
Ainda não consegui entrar no Kafka à Beira Mar...já tentei 2 vezes. Os livros têm momentos certos para ser lidos, não achas maria? ;) quanto ao Agualusa, está lá em casa à minha espera, mas o Roth está primeiro...
Podíamos era fazer uma coisa gira do género de combinar um café por mês, trocar livros, passado um mês novo café, devolver livros, falar do que se leu e trocar novos livros...que tal?
Isso realmente tinha piada! Eu alinho´desde já.
eu também alinho, que ideia fabulosa! :)
Então será para breve ;)
Maria ... a outra: os livros da minha vida, melhor os livros das minhas vidas passam e repassam... " A Serpente emplumada" D.H. Lawrence; "Finita" de Maria Gabriela Lhansol; mais recentemente mergulhei no incontornável Murakami: Kafka ou SputniK; outrora "A um Deus desconhecido" ou a "Aparição" agora Boris Vian; eternamente Lawrence Durrel... quanto ao café, se der conta, tomá-lo-ei...
Livros sempre.
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