domingo, 6 de maio de 2007

'Toi et moi'


henri cartier-bresson

Je suis un, mais des multitudes sont en moi.
Tu m’embrasse et je te parle,
Je te parle de mes choses.

Je suis ici mais, je veut être là, avec toi.

À toi!

6 comentários:

verde disse...

c´est belle. le texte. la photo. trés belle

azul disse...

De quem é o poema?

azul disse...

E a minha boca tem uns beijos mudos...
E as minhas mãos, uns pálidos veludos,
Traçam gestos de sonho pelo ar...
Florbela Espanca

azul disse...

Traduzes-me em sussurros?

azul disse...

Fernando Pessoa
Poesias Inéditas

Bem, hoje que estou só e posso ver

Bem, hoje que estou só e posso ver
Com o poder de ver do coração
Quanto não sou, quanto não posso ser,
Quanto se o for, serei em vão,
Hoje, vou confessar, quero sentir-me
Definitivamente ser ninguém,
E de mim mesmo, altivo, demitir-me
Por não ter procedido bem.

Falhei a tudo, mas sem galhardias,
Nada fui, nada ousei e nada fiz,
Nem colhi nas urtigas dos meus dias
A flor de parecer feliz.

Mas fica sempre, porque o pobre é rico
Em qualquer cousa, se procurar bem,
A grande indiferença com que fico.
Escrevo-o para o lembrar bem.

x disse...

gostei tanto da sonoridade que vem entrelaçada com as palavras!
belíssimas na sua simplicidade. *