domingo, 8 de abril de 2007

O Bom Nome



Dois jovens indianos, Ashoke e Ashima, casam segundo a tradição indiana, por conveniência. Ele é professor universitário nos Estados Unidos, ela simplesmente uma jovem indiana. Mudam-se para Nova Iorque onde, juntos, começam uma nova vida. Têm um filho, a quem chamam temporariamente Gogol, nome do famoso autor russo, um nome com um significado quase místico para Ashoke, evocador do seu passado e determinante do seu presente. Depois, apenas a vida deles. A adaptação à cidade de Nova Iorque, à vida numa América tão contrastante com o seu país natal. E a vida do filho, Gogol, o seu crescimento, a inicial rejeição pela cultura indiana e o processo de descoberta da sua verdadeira identidade.


O filme é de Mira Nair, também produtora do delicioso "Moonsoon Wedding" (Casamento debaixo de chuva), com música de Nitin Sawhney.
É um filme sobre o amor. Amor entre homem e mulher, amor entre pais e filhos, amor pelas raízes. Deliciou-me particularmente as personagens de Ashima e Ashoke, os pais, pela sua postura, pela forma amena e serena como vivenciam o seu dia-a-dia, pela sua aceitação perante os acontecimentos da vida, sem nunca perderem a doçura. Uma forma de viver pouco apaixonada talvez, mas muito doce e tranquila. Ás vezes faz falta. Gostei, muito.

2 comentários:

maria disse...

Alguém costuma dizer, que nós só vimos ( nas pessoas,nos filmes nos livros) "aquilo" que somos interiormente. Assim, espelhamo-nos.
Tu, verde,ainda que apaixonada, por temperamento, diariamente, tens, dás e transmites essa imensa doçura e serenidade que ressalta do filme.Por isso, a identificaste

kermit disse...

O filme só vou ver hoje, mas já li o livro, e é tudo isso o que diz. A perspectiva Indiana de que o nome é para se escolher mais tarde, quando tiver algum significado, é o ponto de partida para se falar de raízes e família na óptica Indiana. Mas é mais alguma coisa. O livro acaba com a tomada de consciência por parte do filho, do amor que o pai colocou na escolha do nome “Gogol. Tarde de mais, como sempre.