segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Chansons D´amour

Gostei de ver. Esteticamente é interessante. Tem planos verdadeiramente bonitos. As letras das músicas são profundas, envoltas no romantismo natural da lingua francesa. É um musical, e eu não gosto de musicais. Mas não está mal quanto a isso. Do que eu não gostei foi do argumento. Basicamente porque não existe. É sobre sentimentos e disso eu gosto. Mas depois irrita-me esta moda da bissexualidade. E foi disso que menos gostei. Ou se é hetero, ou se é homo. Ou se gosta de gajos ou de gajas. Alguns gostam de tudo, pronto, têm bom feitio, têm "boa boca". O que me chateia é esta moda de cultivar a indefinição. Há o branco, há o preto e há o cinza. Mas esta mania de cultivar o cinza, de isso ser moda....irrita-me. Mas apesar disso gostei.


sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Sugestões para o Fim-de-semana, e não só...

Enviadas pela Gabi :)

* Desfolhada (recriação pelo NEFUP)-Pr.Humberto Delgado (Feira das Flores)-dia 27-15h
* 8ª Festa do Cinema Francês-cinemas Cidade do Porto(shoping)-25 a 28 Out-filmes ás 14,30-17-19,15-22 h (inf. e reservas 226009164)
* Orquestra Nacional do Porto(Haydn+Carl von Weber+Beethoven)-casa da Música-dia 26-21,30h
* Coro Gulbenkian(Madrigais Camonianos-Luís Freitas Branco) -dia 28-12h (5 €)
* "Beiras"(3 autos de Gil Vicente)-Teatro Nacional S.João-até dia 28
* "O Carteiro de Pablo Neruda"-Teatro Seiva Trupe (Campo Alegre) -até 1 Dez
* "Vale o que Vale"-Produções Suplementares(Teatro)-antigo ISCAP(R.Entreparedes)-até dia 28- 21,30h
* "Ai Que Medo"- Panmixia- Teatro para todos-Teatro C.Alegre-sáb.e dom.16h-até dia 28 Out
* Robert Rauschenberg(um dos maiores artistas do séc XX)-Serralves-a parir do dia 26 Outs

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

As coisas mais simples

A propósito de amor, falava há uns dias com uma amiga sobre como é misterioso o encontro de dois seres, o despertar das paixões, dos amores. Que dois seres vivam vidas paralelas, muitas vezes na mesma cidade e no mesmo círculo, sem nunca se terem conhecido, e que de repente as suas vidas se cruzem, sem que nada o anunciasse. E lembrei-me por isso deste poema do Nuno Júdice. É quando estamos distraídos do calendário que as coisas mais bonitas surgem....

"Nunca são as coisas mais simples que aparecem quando as esperamos. O que é mais simples, como o amor, ou o mais evidente dos sorrisos, não se encontra no curso previsível da vida. Porém, se nos distraímos do calendário, ou se o acaso dos passos nos empurrou para fora do caminho habitual, então as coisas são outras. Nada do que se espera transforma o que somos se não for isso: um desvio no olhar; ou a mão que se demora no teu ombro, forçando uma aproximação dos lábios. "

Nuno Júdice

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Happy When It Rains !!!

Thanks Joe ;)


segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Onde está o Outono, o início do frio?
castanhas quentinhas,
mangas deslizantes para aquecer as mãos ainda quentes do verão,
vermelhos, amarelos, castanhos e dourados...

Sou capricorniana. Gosto do frio. Do Outono e do Inverno. Das castanhas, dos scones com chá, das tardes de Domingo a ver comédias românticas, das botas e camisolas de gola alta quentinhas....

Eu, Verde, capricorniana pura, reclamo por um Outono outonal, com frio, castanhas, scones, camisolas quentinhas e tudo o resto!




sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Para começarem bem o fim-de-semana...

... a boa onda de Corinne Bailey Ray.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

What do You think about during the night?
















directly from simple things

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

O dia da Matriz de Risco

Eis que uma pessoa navega por esta vida e se depara todos os dias com o "dia de" qualquer coisa. É o dia do vizinho, o dia do coração, o dia do cão, o dia do gato, o dia do pé de atleta, etc, etc. E é assim que eu declaro que hoje é o dia da Matriz de Risco, um assunto que me ocupou durante todo o dia. Acho que é justo e que até é uma coisa gira, esta das Matrizes de Risco, não acham?




E depois perguntam vocês: o que é uma Matriz de Risco?


Ao que eu respondo: é uma ferramenta que permite às organizações classificar os seus riscos em termos de probabilidade de ocorrência e de impacto e que possibilita que a organização analise os seus riscos comparativamente, de acordo com estes dois vectores.

O que vale é que já falta pouco para a tese acabar, senão ainda vinha por aí o dia da "Spider Web" (outra ferramenta interessante), o dia das "Actividades de Controlo", etc... :-)
Me, going crazy!

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

O amor, dizes-me

Escuto o silêncio das palavras. O seu silêncio
suspenso dos gestos com que elas desenham
cada objecto, cada pessoa, ou as próprias ideias
que delas dependem. Por vezes, porém, as
palavras são o seu próprio silêncio. Nascem
de uma espera, de um instante de atenção, da súbita
fixidez dos olhos amados, como se
também houvesse coisas que não precisam de
palavras para existir. É o caso deste sentimento
que nasce entre um e outro ser, que apenas
se adivinha enquanto todos falam, em volta,
e que de súbito se confessa, traduzindo em
breves palavras a sua silenciosa verdade.


Nuno Júdice in Pedro Lembrando Inês.

O Nuno Júdice é o poeta convidado das Quintas de Leitura de Novembro...tô lá :)

domingo, 7 de outubro de 2007

Palavras, no silêncio do corpo

" Não encontro AMOR nos corpos que sustentam IMOBILIDADE"
Gonçalo M. Tavares, O livro da dança


E foi nos movimentos que encontrei expressão de sentimentos e outros espaços que definem a relação a dois, homem, mulher. Sintonia e partilha, ternura e paixão, cumplicidade, encaixe e adaptação, presença e ausência, caminhar lado a lado, estar a dois em duo e a solo. Tal como é.























"Malgré Nous, Nous étions lá", da Companhia Paulo Ribeiro, com coreografia de Paulo Ribeiro, com Paulo Ribeiro e Leonor Keil como bailarinos e também como marido e mulher. Uma dança ao som do piano de Bernardo Sasseti e da música de Gilbert Becaud e Bárbara Travadinha. Lindo.

Desafio

A rtp escolheu-me como uma das destinatárias de um desafio que, pelos vistos, circula pela net. As regras são as que passo a citar:

"1. Peguem no livro mais próximo;
2. Abram-no na página 161;
3. Procurem a 5ª frase completa;
4. Coloquem a frase no blog;
5. Não vale escolher a melhor frase nem o melhor livro (usem o mais próximo);
6. Passar o desafio a cinco pessoas."

O livro que está mais perto é a "Sala N.º 6" de Anton Tcheckoff. Abro, folheio as páginas em busca da 161 e localizo a 5.ª frase completa:

"Olhando para os rostos tranquilos e para os movimentos indolentes dos seus novos conhecidos, sentiu todo o ser invadido por uma suave e sonolenta preguiça que lhe dava vontade de dormir, de se espreguiçar e de sorrir."

E quanto ao sexto passo, vou então lançar o desafio ao joaquim.guilherme (do bunker), à Maria (uma das Deusas), ao Joe (classe de 70), à Xana (novo mundo de x) e à J (do blog azul turquesa).

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Um poema de um amigo

Querias um poema.
Não te bastava a leveza de um fonema
Ou a secura de um lema,
Querias um poema,
Um problema,
Uma palavra que não tema,
Uma rima, meu dilema,
E tudo porque queres um poema,
Não te basta um telefonema,
Uma polémica celeuma,
Um suspiro que trema,
Precisas de um poema.

Teu pedido não é chantagem,
Nem manifesto jogo de imagem.
Mas o que escrever,
Que linhas criar,
Se nada me acorre a ocorrer,
E te faz desapontar?

Nada me vem, nada se constrói,
Minha consciência me mói
Ah, a escrita,
Criação maldita
Que se enrola mesquinha
E nem avisa quando se avizinha,
Emergindo de rompante
Apenas nos atribuindo um instante
Para a materializar
Caligraficamente a verbalizar


Seria fácil falar de flores,
E que todos iremos morrer de amores
Seria banal falar do coração
E fazê-lo rimar com mão
Não é original,
Virginal
Apenas medroso
Piedoso

Seria ousado empregar expressões palavrosas
Que mais não fossem que calinadas tinhosas
De longe a longe, rimá-las com rosas
Seria presunçoso falar de sensações
De imaginárias deambulações
De espinhos, joelhos e perdões.

Não, não tenho jeito para tal,
Hoje tudo me sai mal,
Nem adianta perambular
E rabiar
Rodear
Tentar
Terei mesmo que me conformar
Te noticiar
Que hoje é dia de me silenciar

Palavras para agastar
Simples letras a soçobrar
Nada que seja meu ou teu
Que possa emparelhar com céu
Nada que esteja em casa ou na rua
Apenas para rimar com lua
Afinal esta tentativa é minha ou será tua?

Lamento
Nem por um reles momento
Se evidencia o olor de um sentimento
Sou insensível
Ou assim estarei ou me sentirei
E não, não me revoltarei
Não me peças falinhas mansas
Hoje não posso entrar nessas danças
Não me movem tais intenções
E sou surdo a insistências e pressões

Ditosas sugestões me causam náuseas e tonturas
Todas as saídas se me afiguram escuras
Insistem para que caminhe em carreira
Eu!, que tudo faço à minha maneira
E julgam que me seduzem com sorrisos lassos
Julgam que me podem movimentar os passos
E em minhas artérias impregnar meu sangue
Até de minhas forças me tornarem exangue.

Olhai e ide em vossas aventuras
Em vossas parcimoniosas esculturas
Que tão bem ficam no meio da praça
Como tua blusa infestada de traça
Olhai e dizei "eu quero"
E é por esse querer que não espero
Que me revolvem os fios da navalha
Que corto cada ponto da tua malha
Não me cabe carregar qualquer cruz
Nada sairá de meu obscuro arcabuz
A não ser a minha pastosa loucura
Que se revolve na profundeza de sua lura

Querias luar e te saiu noite
Querias amor e levaste açoite
Querias evitar esse dente
Que te passou tão rente
Querias que te escrevesse a falar de paz,
Mas, querida, hoje não sou capaz,
Não suporto uma única promessa,
Não assisto de novo a essa peça
E apenas te digo
Do alto do meu umbigo
Hoje não faço o que é preciso
Hoje não, não contem comigo


Vasco F.